domingo, 15 de setembro de 2019

Não seja um "adultescente" cristão

Nem sempre o cristianismo que dizemos professar corresponde à maturidade espiritual que dizemos possuir. Com isso, não é surpresa nenhuma vermos adultos cristãos se comportando mais como adolescentes ou crianças de colo do que como verdadeiros guerreiros do estandarte cristão.

Paulo em 1 Coríntios 13.11 revela que quando ele "era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança; mas, assim que {chegou} à idade adulta, {acabou} com as coisas de criança." O fato é que tudo na vida do ser humano tem um tempo e um momento. Paulo teve o tempo, antes de ser integrado a Cristo, de agir como quem não tem pastor, como quem pensa que tudo é brincadeira e fanfarras. Mas, a partir do momento em que o Evangelho do Reino lhe concede vida abundante, enfim, ele começa a crescer, amadurecer, e parar com as coisas de criança, fossem elas pensamentos ou atitudes infantis, raciocínios ou conversas imaturas.

De fato, a vida do cristão possui essas fases de imaturidade, onde ele ainda tem que beber leite em vez de comer alimento sólido. Porém, como qualquer processo de crescimento humano, a vida espiritual também requer que o cristão não se contente unicamente em beber aquele leite espiritual. E isso faz toda diferença se quisermos ser testemunhas de Jesus Cristo. Cristãos que já possuem anos de conversão, mas que ainda agem como se fossem neófitos, demonstram possuir uma falha no que diz respeito à sua própria caminhada cristã. Muitos acabam não percebendo, e findam por se envolverem em determinadas atividades eclesiásticas sem possuírem o mínimo exigido biblicamente para tal (cf. 1 Timóteo 3). O resultado, mais dia menos dia, não será dos melhores.

A despeito dos vários textos bíblicos que conclamam o cristão a progredir no amadurecimento de sua fé em Cristo e de sua caminhada cristã (cf. Salmo 90.12; Colossenses 4.6; Efésios 5.15; 1 Tessalonicenses 4.1; Filipenses 4.14; 1 Coríntios 2.16; Tiago 1.5; 2 Pedro 3.18 etc.), ainda assim muitos dos adultos cristãos optam por viver uma vida cristã de eterno divertimento, entretenimento e licenciosidade. Com isso, acabam sendo o exemplo negativo de modelo cristão para seus filhos (se assim possuem), colegas de trabalho, vizinhos ou familiares. 

O padrão a ser perseguido não é o dos pais da igreja, dos teólogos reformados, dos puritanos ou dos pregadores da velha escola do século passado, conquanto muitos deles sejam exemplos de santidade e maturidade cristã, mas sim Jesus Cristo, esse sim que é o modelo perfeito para o amadurecimento do cristão. Entretanto, ainda que os adultos cristãos afirmem segui-lo e professar seus mandamentos, na realidade o que pode ser visto é um ateísmo prático, onde Cristo pouco (ou nada) faz parte das diversões, estudos bíblicos (individual ou em grupo) e das conversas deles.

Ao cristão não lhe é proibido rir ou contar piadas, desde que isso não se torne o seu ideal de vida. O problema surge a partir do momento em que as conversas, reuniões e discussões (aparentemente bíblicas) são pautadas unicamente por querer transformá-las em motivo de piada ou chacota gospel. O adulto cristão que sente alegria em ser o bobo da corte de sua turma demonstra tanto imaturidade como um tipo de complexo de Peter Pan, querendo agir e ser visto como uma eterna criança. Só que agir assim não é o que a Bíblia orienta. 

Que os adultos cristãos possam amadurecer na caminhada cristã, não entristecendo o Espírito Santo que neles habita (se de fato eles são cristãos). 

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